Ouro se destaca na China como um ativo seguro, atraindo o interesse de instituições financeiras e famílias, enquanto o Banco Central do país também aumenta suas reservas. Em meio a um cenário de incertezas econômicas, muitos chineses ainda priorizam investimentos em imóveis, acreditando na recuperação do setor a médio prazo. Analistas apontam que a busca por segurança financeira é impulsionada pela desconfiança no mercado e tensões geopolíticas globais.
O economista sênior da Pantheon Macroeconomics, Kelvin Lam, observa que a construção de poupanças na China reflete não apenas a crise imobiliária, mas também um desejo de patrimônio e segurança. Apesar da queda no setor desde 2021, ele acredita que o mercado imobiliário pode recuperar sua força em até dois anos. O aumento na demanda por ouro é um reflexo das incertezas enfrentadas, tanto local quanto internacionalmente.
A perspectiva para o mercado de ouro na China é positiva, com o JPMorgan prevendo que a demanda impulsionará os preços. No entanto, a Capital Economics projeta um rali temporário antes de uma possível queda. O governo chinês está focado em estimular a economia e a confiança do consumidor, buscando um crescimento sustentável que permita à China liderar inovações tecnológicas e enfrentar desafios econômicos futuros.

