A osteoporose, reconhecida como a principal causa de fraturas em pessoas acima dos 50 anos, está prevista para aumentar drasticamente até 2050, com suas raízes no envelhecimento da população e na adoção de hábitos de vida não saudáveis. A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) aponta que, até essa data, uma em cada três mulheres e um a cada cinco homens nessa faixa etária poderão sofrer fraturas relacionadas à doença. No Brasil, a estimativa é que cerca de 10 milhões de pessoas convivam com essa condição, um número que deve crescer à medida que a população envelhece.
A reumatologista Vera Lucia Szejnfeld destaca que o Brasil já conta com mais de 33 milhões de cidadãos com 60 anos ou mais, e esse número deve ultrapassar os 40 milhões até 2030. O aumento no diagnóstico da osteoporose, impulsionado pela maior conscientização e educação médica, contribui para essa estimativa alarmante. Além disso, fatores como sedentarismo e a deficiência de nutrientes essenciais, como cálcio e vitamina D, agravam a situação, resultando em aproximadamente 400 mil fraturas por fragilidade anualmente no país.
A compreensão e a prevenção da osteoporose desde a infância são essenciais para mitigar seus efeitos. Os cuidados devem incluir práticas de atividade física, alimentação adequada e exames regulares para diagnóstico precoce. Com a crescente incidência da doença, é fundamental que o sistema de saúde brasileiro se prepare para enfrentar este desafio, promovendo ações que priorizem o tratamento e a prevenção da osteoporose.