Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal do Brasil, foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, Paraguai, na sexta-feira, 26 de dezembro de 2025. Ele tentava embarcar em um voo internacional para El Salvador com um passaporte paraguaio, embora estivesse condenado a 24 anos e seis meses de prisão por crimes relacionados a uma tentativa de golpe. A detenção ocorreu após a Polícia Federal identificar uma violação na tornozeleira eletrônica que Vasques usava como medida cautelar desde agosto de 2024.
O ex-diretor foi monitorado pela PF, que, após receber um alerta sobre a violação, notificou as autoridades paraguaias. Durante a abordagem, Vasques foi encontrado em posse de um passaporte que não correspondia a seus dados pessoais. Ele deve passar por uma audiência de custódia e pode enfrentar pedidos de extradição ou expulsão do Paraguai, dependendo do resultado das investigações e da situação legal.
Vasques foi condenado no último dia 16 de dezembro por sua participação em uma organização criminosa que visava desestabilizar a democracia brasileira. A Procuradoria-Geral da República destacou que ele gerenciava ações da organização enquanto chefiava a PRF, incluindo operações que dificultavam a circulação de eleitores no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Sua detenção no Paraguai pode ter repercussões significativas, tanto para a política brasileira quanto para as relações entre os dois países.

