Na última sexta-feira, 26 de dezembro, Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, enquanto tentava embarcar para El Salvador. Ele havia rompido a tornozeleira eletrônica e deixado o Brasil sem autorização judicial, o que levantou suspeitas sobre sua intenção de fuga, confirmadas pela Polícia Federal após o sinal do dispositivo ter parado de transmitir. O ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva, apontando violação deliberada das medidas cautelares impostas.
Este episódio se junta a outros casos emblemáticos relacionados à trama golpista de 2022, incluindo o de Alexandre Ramagem, que permanece foragido nos Estados Unidos. A relação de descumprimentos das ordens judiciais por figuras de destaque, como Jair Bolsonaro, intensifica a pressão sobre o STF, que está adotando uma postura mais rigorosa. A convocação de atos por parte dos filhos de Bolsonaro em frente à sua residência também foi citada como um fator que contribui para o risco de fuga, levando o tribunal a agir de forma mais contundente.
Com a prisão de Silvinei, o Supremo Tribunal Federal reitera que qualquer violação de cautelares será interpretada como um indicativo de risco imediato. Até agora, apenas Ramagem conseguiu deixar o Brasil sem ser interceptado, enquanto Bolsonaro e Silvinei tiveram suas liberdades restritas. Esse endurecimento nas respostas legais visa assegurar a aplicação da lei penal e evitar que os envolvidos na trama golpista escapem da justiça.

