Ex-diretor da PRF é preso no Paraguai com carta médica suspeita

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

No dia 26 de dezembro de 2025, um ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal foi detido no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador. Ele apresentou uma carta médica em espanhol, alegando problemas de saúde, mas o documento continha inconsistências e não correspondia a sua identidade. Sua prisão ocorreu em um contexto de descumprimento de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, incluindo a ruptura de uma tornozeleira eletrônica.

A carta médica afirmava que o ex-diretor sofria de um glioblastoma multiforme e não poderia falar nem ouvir, o que levantou suspeitas sobre sua veracidade. Uma investigação revelou que o número de registro de um médico mencionado na carta não era válido, evidenciando possíveis fraudes. Além disso, a documentação indicava que sua viagem tinha como objetivo tratamento médico, embora a situação ficasse complicada devido às suas tentativas de sair do Brasil sem autorização judicial.

A prisão do ex-diretor, que já enfrenta uma condenação de 24 anos e seis meses por suposta participação em atividades ilegais, pode trazer novos desdobramentos legais. Ele é acusado de ter utilizado a estrutura da PRF para interferir nas eleições de 2022, e agora sua situação se complica com a nova prisão e as alegações sobre a carta médica. As autoridades brasileiras devem investigar mais a fundo as circunstâncias dessa viagem e as possíveis fraudes documentais.

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