A iyálorixá Mãe Carmen de Osagyían faleceu em Salvador, na última sexta-feira (26), aos 75 anos. A notícia foi divulgada pela página oficial do Terreiro do Gantois, uma das casas de candomblé mais respeitadas do Brasil. Sua morte ocorreu em um dia dedicado a Oxalá, orixá com o qual sua trajetória estava intrinsecamente ligada, mas a causa do falecimento não foi divulgada.
Mãe Carmen era filha de Mãe Menininha, uma figura histórica no candomblé baiano, e liderou o Gantois por 23 anos. Iniciada na infância, dedicou sua vida à preservação dos saberes tradicionais e à promoção do diálogo inter-religioso. Ela se destacou pela defesa das religiões afro-brasileiras, especialmente diante do racismo religioso, tornando-se uma referência para artistas e lideranças políticas.
A morte de Mãe Carmen provocou uma onda de homenagens de diversas personalidades, que celebraram seu legado de amor e resistência. A ministra da Cultura e vários artistas expressaram suas condolências, destacando seu papel como líder espiritual e sua contribuição para a cultura negra. Sua passagem marca um momento de reflexão sobre a continuidade das tradições que ela ajudou a sustentar, assegurando que seu legado perdurará na memória coletiva da comunidade.

