As ações da Azul, que agora operam sob o ticker AZUL54, sofreram uma queda acentuada de 33,82% nesta sexta-feira (26), após a companhia anunciar uma nova oferta de ações. A mudança, que ocorreu na última terça-feira (23), foi motivada por uma diluição significativa dos acionistas, com os papéis sendo cotados a R$ 2.250,00, refletindo a reação negativa do mercado a essa nova estrutura de negociação.
A oferta pública de distribuição primária envolve a emissão de 723,9 bilhões de ações ordinárias e preferenciais, com um preço definido em R$ 0,00013527 para ações ordinárias e R$ 0,01014509 para as preferenciais. Essa reestruturação também alterou a forma como os papéis são negociados, agora em lotes de 10 mil ações, impactando diretamente a forma como os investidores percebem o valor unitário. Por exemplo, na terça-feira, as ações AZUL54 fecharam a R$ 3.400, o que equivale a R$ 0,34 por ação, uma queda de 58,02% em relação ao fechamento anterior.
Esse movimento de reestruturação não é inédito no setor, uma vez que a Gol também realizou uma mudança similar em junho, quando alterou seu ticker de GOLL4 para GOLL54. A queda acentuada das ações da Azul levanta preocupações sobre a confiança dos investidores e os impactos a longo prazo na recuperação financeira da companhia aérea, que busca superar os desafios impostos pela pandemia e estabilizar sua posição no mercado.

