Em um contexto de conflito que dura desde fevereiro de 2022, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reunirá com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Flórida no próximo domingo, 28 de dezembro. O encontro visa discutir um acordo de paz com a Rússia, que impõe exigências rigorosas, como a não adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a anexação de territórios ucranianos. A nova proposta, elaborada em conjunto com os Estados Unidos, busca avançar nas negociações, mas enfrenta diversos pontos espinhosos que dificultam a conclusão do pacto.
O Kremlin, liderado por Vladimir Putin, tem mostrado resistência em aceitar termos que não satisfaçam suas demandas, incluindo garantias de segurança para a Rússia e a realização de novas eleições na Ucrânia. Zelensky, por sua vez, enfatiza a necessidade de garantir a segurança do seu país e resistir à cedência de territórios, propondo a criação de zonas desmilitarizadas. As conversas incluem planos para que os Estados Unidos e países europeus ofereçam um acordo de segurança que espelhe as garantias da Otan, embora os detalhes ainda permaneçam vagos.
A situação permanece tensa, com o futuro das negociações dependendo da disposição das partes em ceder em questões fundamentais como a divisão territorial e a legitimidade do governo ucraniano. Zelensky já manifestou a necessidade de consultas populares antes de qualquer acordo que envolva cedência de terras. A realização de eleições, que Putin considera essencial, também é um ponto de discórdia, destacando a complexidade do cenário político e militar que define o conflito atual.