O Brasil enfrenta uma crise de integridade digital, com pesquisas indicando que um em cada três brasileiros foi vítima de fraudes online no último ano, totalizando mais de cinquenta milhões de pessoas. A tecnologia, que deveria ser um símbolo de liberdade, transformou-se em um campo fértil para a corrupção invisível, onde estelionatos virtuais proliferam com rapidez alarmante.
As táticas dos criminosos evoluem constantemente, explorando a engenharia social para enganar até os mais cautelosos. Grupos sociais vulneráveis, como idosos e crianças, são alvo de golpes elaborados que não apenas causam perdas financeiras, mas também afetam a saúde mental das vítimas, que frequentemente se sentem envergonhadas e isoladas. A corrosão da confiança entre indivíduos e instituições é um efeito colateral devastador dessa epidemia digital.
A proteção de dados pessoais emerge como uma prioridade essencial para combater esses crimes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma ferramenta vital, mas sua implementação ainda enfrenta desafios. É fundamental promover uma cultura de segurança da informação e investimento em educação e conscientização, a fim de restaurar a integridade digital e a confiança na sociedade.

