O ano de 2025 trouxe grandes variações nas moedas globais, com o peso argentino se destacando como a moeda mais desvalorizada, enquanto o rublo russo apresentou uma impressionante alta de 37,27%. O relatório da Consultoria Elos Ayta, que abrangeu cotações até 17 de dezembro, indicou que o dólar americano também foi afetado negativamente, figurando entre as piores moedas do ano.
Fatores como a recomposição dos termos de troca, alta nas commodities e juros reais elevados contribuíram para a valorização de moedas como a da Rússia, Suécia, México e Colômbia. Contudo, especialistas, como Rodrigo Xavier, CEO da Oz Câmbio, alertam que a alta do rublo pode ser artificial, afetada pelas rigorosas sanções internacionais que distorcem a formação do preço da moeda. Por outro lado, o real brasileiro teve uma valorização de 12,4% em relação ao dólar, impulsionada por um diferencial de juros favorável e a entrada de capital estrangeiro.
Essas flutuações nas moedas devem ser monitoradas, pois refletem não apenas a dinâmica econômica interna, mas também as interações globais e políticas que impactam o comércio e os investimentos. A tendência de uma entrada maior de dólares no Brasil, em busca de rendimentos, pode continuar, especialmente com a expectativa de juros elevados no país e a queda nos juros nos Estados Unidos. O ano de 2025 apresenta, portanto, um cenário complexo e interligado que merece atenção contínua dos analistas financeiros.