O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, convocou uma acareação entre o diretor de Fiscalização do Banco Central, o ex-presidente do BRB e o dono do Banco Master para a próxima terça-feira. A decisão, tomada sem solicitação da Procuradoria-Geral da República ou da Polícia Federal, gerou desconforto nas instituições envolvidas, que consideram a audiência prematura, dado o estágio atual das investigações.
A acareação foca na atuação do Banco Central durante o processo de liquidação do Banco Master, que ocorreu em meio a alegações de operações fraudulentas que totalizavam R$ 12 bilhões. A convocação de Toffoli é vista como uma medida atípica, mas alguns ministros do STF defendem sua autonomia para agir conforme julgar necessário. A expectativa é que a audiência possa esclarecer se houve falhas na supervisão do BC e quais ações foram tomadas diante das suspeitas.
Apesar das críticas, a decisão de Toffoli pode ter implicações significativas para o andamento das investigações, com a possibilidade de expor responsabilidades e procedimentos do Banco Central. Há um debate em curso sobre a legalidade e a adequação da convocação da acareação neste momento, com especialistas divididos sobre seu impacto no processo. A situação continua a evoluir, e os próximos passos poderão influenciar a percepção pública e a confiança nas instituições financeiras envolvidas.

