O governo de Nicolás Maduro anunciou a libertação de 72 prisioneiros políticos no dia 25 de dezembro de 2025. Essas pessoas foram detidas em julho, após a reeleição do presidente para um terceiro mandato, cercada por controvérsias e alegações de fraude eleitoral. Entre os libertados, estão 60 indivíduos do Centro Penitenciário de Aragua, além de nove mulheres e três adolescentes do estado de La Guaira.
A informação foi divulgada pela ONG Comitê para a Liberdade dos Presos Políticos, que tem lutado pela soltura de detidos injustamente. Desde junho, aproximadamente duas mil pessoas tiveram suas prisões revogadas, mas ainda há muitos que permanecem encarcerados sob alegações de terrorismo. As condições específicas de libertação desses indivíduos ainda não foram esclarecidas, o que levanta preocupações sobre a situação dos demais prisioneiros.
Esse movimento ocorre em um contexto de crescente tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos, com o governo americano emitindo ameaças contra Maduro. A libertação de prisioneiros políticos pode ser um gesto estratégico do governo venezuelano para amenizar críticas internacionais. No entanto, a comunidade internacional e as organizações de direitos humanos seguem atentas, exigindo a libertação de todos os detidos políticos e o respeito aos direitos civis no país.

