Na manhã de 25 de dezembro, a Somália abriu as urnas para suas primeiras eleições locais com sufrágio universal em quase seis décadas. O evento ocorreu sob um rigoroso esquema de segurança na capital, Mogadíscio, e na região de Banaadir, onde 523 seções eleitorais foram configuradas para a votação de aproximadamente 1 milhão de cidadãos registrados.
Cerca de 1,6 mil candidatos disputam assentos em conselhos legislativos locais, representando 20 partidos e movimentos políticos. O presidente Hassan Sheikh Mohamud destacou a importância dessa eleição como um teste para o processo eleitoral nacional planejado para 2026, enquanto a oposição optou por boicotar a votação, acusando o governo de manipulação e centralização do processo.
A Somália enfrenta desafios significativos, incluindo uma longa história de conflitos e a luta contra uma insurgência islâmica. A realização dessas eleições marca um passo crucial na tentativa de estabilização do país, que desde a queda do regime de Siad Barre em 1991 tem lidado com um sistema político fragmentado e baseado em clãs.

