Nasry Asfura, candidato conservador e ex-prefeito da capital Tegucigalpa, foi declarado vencedor da eleição presidencial em Honduras após uma contagem de votos que se estendeu por mais de três semanas. A decisão das autoridades eleitorais ocorreu na quarta-feira, 24 de dezembro, quando Asfura obteve 40,3% dos votos, enquanto seu oponente, Salvador Nasralla, ficou com 39,5%. A eleição, realizada em 30 de novembro, foi marcada por tensões políticas e alegações de fraude, além da interferência do governo dos Estados Unidos.
O processo eleitoral foi amplamente influenciado pelo apoio explícito do então presidente dos EUA, Donald Trump, que pressionou por uma contagem rápida e transparente, ameaçando cortar ajuda financeira ao país se seu candidato não fosse eleito. Asfura, que é membro do Partido Nacional de Honduras e de origem palestina, enfrentou um ambiente eleitoral conturbado, repleto de protestos e contestações. A vitória foi recebida com alívio por parte de seus apoiadores, que esperam um governo focado em combater a pobreza e a violência que assolam o país.
Com a posse marcada para 27 de janeiro, a vitória de Asfura promete mudanças significativas na política hondurenha, especialmente em relação às relações com os EUA. O novo presidente terá a responsabilidade de lidar com uma economia fragilizada e a crescente migração de hondurenhos em busca de melhores condições de vida. O futuro do país dependerá da capacidade de Asfura de implementar promessas de apoio e desenvolvimento, conforme prometido durante sua campanha.