Na última quarta-feira, 24 de dezembro, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) divulgou um vídeo onde defende a origem de R$ 470 mil, apreendidos pela Polícia Federal em seu apartamento em Brasília. A apreensão fez parte de uma operação que investiga desvios na cota parlamentar, envolvendo também o deputado Carlos Jordy, do mesmo partido. Segundo Sóstenes, o dinheiro é resultado da venda de um imóvel, cuja escritura ele apresentou durante a gravação.
O deputado detalhou que a venda do imóvel ocorreu por R$ 500 mil, pagos em dinheiro, e que a propriedade foi adquirida em 2023, localizada em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Ele reafirmou que a transação foi realizada de acordo com a lei e que os registros do imóvel constam em sua declaração de imposto de renda. A investigação da Polícia Federal aponta que servidores e particulares podem ter participado de um esquema de desvio de verbas públicas, utilizando uma locadora de veículos como fachada.
Cavalcante assegurou que o dinheiro apreendido é de origem lícita e expressou confiança de que, após os esclarecimentos à Polícia Federal e ao ministro Flávio Dino, os valores serão devolvidos. A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, que unifica diversas verbas para despesas do mandato, está no centro da investigação, que levanta questões sobre a utilização e fiscalização desse recurso público.