O deputado federal Sóstenes Cavalcante, do PL-RJ, apresentou um vídeo nas redes sociais em 24 de dezembro, abordando a apreensão de R$ 470 mil realizada pela Polícia Federal em seu apartamento em Brasília. Segundo o parlamentar, o montante é oriundo da venda de uma casa, cuja escritura ele exibiu como comprovação. A apreensão ocorreu durante uma operação que investiga desvios na cota parlamentar, que também implica outro deputado do seu partido, Carlos Jordy.
Na gravação, Sóstenes afirmou que o imóvel foi adquirido em 2023 e colocado à venda após reformas, com um anúncio apresentado a R$ 690 mil. Ele alegou que a venda foi efetivada por R$ 500 mil em dinheiro vivo e que toda a transação ocorreu de forma legal. A Polícia Federal, no entanto, investiga possíveis irregularidades envolvendo assessores e servidores públicos que teriam desviado verbas através de uma locadora de veículos, considerada uma fachada para a devolução de recursos da cota parlamentar.
Cavalcante enfatizou que o dinheiro apreendido é de origem lícita e que espera que, após os esclarecimentos, os valores sejam restituídos a ele. A Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, em vigor desde 2009, deve ser utilizada para custear despesas do mandato, mas a investigação levanta questões sobre a gestão desses recursos. O desdobramento deste caso pode impactar a imagem dos parlamentares envolvidos e a confiança pública nas práticas legislativas.