O parlamento israelense deu um passo significativo ao aprovar uma investigação governamental sobre o ataque do Hamas que ocorreu em 7 de outubro de 2023. A decisão substitui a criação de uma comissão independente, como solicitado pelas famílias das vítimas, e levanta preocupações sobre a transparência do processo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que não assumiu responsabilidades pelo ataque, argumenta que a nova abordagem trará confiança pública.
A nova legislação permite que o governo escolha os membros do painel de investigação, o que críticos afirmam que contorna a Lei de Comissões de Inquérito de 1968, que estipula uma investigação independente. Sobreviventes e familiares das vítimas expressaram sua indignação, enfatizando que apenas uma comissão estatal pode assegurar que os responsáveis sejam responsabilizados. Pesquisas indicam que há um apoio considerável entre a população por uma investigação mais rigorosa e independente.
A oposição no parlamento rejeita a proposta do governo, considerando-a uma tentativa de encobrir a verdade em vez de revelá-la. A composição do painel de investigação poderá ser determinada por aliados de Netanyahu, acentuando a desconfiança entre os críticos. O desdobramento desse caso poderá impactar significativamente a política interna de Israel e a relação entre o governo e a sociedade civil.