Tensões entre EUA e Venezuela ganham destaque na ONU em reunião crítica

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

A reunião do Conselho de Segurança da ONU, realizada em 23 de dezembro, revelou um acirramento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela. O embaixador norte-americano, Mike Waltz, anunciou a imposição de sanções e um bloqueio naval, justificando essas ações como necessárias para desarticular a suposta continuidade do governo de Nicolás Maduro. A Venezuela, por sua vez, acusou os EUA de extorsão e pirataria, prometendo não deixar essas ações impunes.

A posição dos Estados Unidos foi contestada por potências como Rússia e China, que a classificaram como uma agressão ao direito internacional. O embaixador russo, Vassily Nebenzia, criticou a postura americana, enquanto o Brasil também manifestou sua desaprovação, pedindo um diálogo construtivo. O embaixador Sérgio Danese, do Brasil, enfatizou que as ações americanas violam a Carta das Nações Unidas e podem ter repercussões globais.

Diante desse cenário, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou uma lei que prevê penas severas para quem promover atos de pirataria ou bloqueios. O debate interno na Venezuela também se intensificou, com acusações a setores da oposição de colaborarem com as políticas dos EUA. Essa escalada de tensões sugere que os desdobramentos futuros podem afetar não apenas as relações entre os dois países, mas também a segurança regional e a economia global.

Compartilhe esta notícia