Governo Lula planeja R$ 220 bilhões em investimentos para ano eleitoral

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Lula, delineou um pacote eleitoral que ultrapassa R$ 220 bilhões em investimentos e créditos programados para 2026. Destes, aproximadamente R$ 80 bilhões não serão contabilizados nos limites do déficit primário, permitindo uma injeção de recursos na economia sem infringir as regras fiscais. Essa abordagem visa estimular o consumo e, consequentemente, a popularidade do governo em um ano eleitoral.

Os detalhes do pacote incluem R$ 144 bilhões destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida, além de R$ 40 bilhões para reformas e R$ 20 bilhões para financiamento à classe média. A isenção do Imposto de Renda beneficiará a maioria dos contribuintes, enquanto iniciativas como o programa Gás do Povo e a tarifa social de energia visam atender milhões de famílias. No entanto, essa generosidade fiscal tem um custo elevado, com a dívida pública brasileira projetada para aumentar significativamente nos próximos anos.

Os analistas indicam que o Brasil, já com uma relação dívida/PIB de 77,5%, pode se tornar o emergente mais endividado após a China. Com a Selic em 15% ao ano, os gastos públicos elevados podem levar a uma inflação crescente, exigindo juros ainda mais altos. Assim, quem assumir o governo em 2027 enfrentará a difícil escolha entre realizar cortes drásticos ou abandonar as regras fiscais, o que pode comprometer a saúde econômica do país no futuro.

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