Neste Natal, o comércio brasileiro se movimenta intensamente com as compras de última hora, prevendo um volume de vendas de R$ 72,71 bilhões, o que representa um crescimento de 2,1% em relação a 2024. Apesar do cenário de pleno emprego e um dólar mais favorável, a alta taxa de juros e o aumento do endividamento geram preocupação entre os consumidores, que buscam equilibrar gastos e necessidades. Vários consumidores, como uma aposentada e uma técnica em saúde bucal, relatam que, embora possam gastar um pouco mais, ainda mantêm a cautela nas compras.
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) sinaliza que, se as previsões se confirmarem, este será o melhor Natal para o comércio desde 2014. As vendas devem ser impulsionadas principalmente por alimentos e vestuário, com um aumento na procura por produtos importados, apesar da cautela dos clientes. Dados recentes indicam que o número de inadimplentes ultrapassou 80 milhões, o que contribui para esse comportamento conservador nas compras de fim de ano.
Embora o otimismo esteja presente entre os comerciantes, especialistas alertam que o panorama econômico pode afetar a sustentabilidade desse crescimento. A pesquisa realizada na Região Metropolitana do Rio mostra que 62,1% dos entrevistados pretendem presentear alguém, mas o gasto médio por consumidor caiu em relação ao ano anterior. O equilíbrio entre o aumento nas vendas e a cautela dos consumidores será um fator determinante para a recuperação do comércio nos próximos meses.

