A Casa Branca anunciou, na terça-feira (23/12), que proibirá a entrada nos Estados Unidos do ex-comissário europeu Thierry Breton e de quatro ativistas europeus envolvidos na implementação da Lei de Serviços Digitais da União Europeia. Esta legislação, que visa responsabilizar plataformas digitais pela disseminação de desinformação, gerou descontentamento entre grandes empresas de tecnologia americanas. A decisão marca uma escalada nas tensões entre os EUA e a UE sobre regulação digital.
Thierry Breton, que atuou como comissário de Mercado Interno da UE entre 2019 e 2024, é descrito pelo governo americano como o principal arquétipo da DSA. Os outros sancionados incluem ativistas de organizações que combatem a desinformação e que apoiaram a legislação. A Casa Branca criticou a DSA, alegando que suas regras violam a liberdade de expressão e impõem uma censura injustificada sobre cidadãos e empresas norte-americanas.
A resposta da França foi imediata, com o presidente Emmanuel Macron denunciando as sanções como atos de coerção contra a soberania digital europeia. A Comissão Europeia também condenou a decisão, afirmando que os direitos de regulação pertencem à Europa e que poderá responder a tais ações de forma decisiva. Este episódio ressalta as crescentes fricções entre as normas regulatórias da Europa e as políticas americanas em relação à tecnologia e à informação.

