Fuga em presídio de BH expõe falhas em alvarás de soltura

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 2 min.

No último sábado (20), quatro detentos foram liberados indevidamente do Ceresp Gameleira, localizado em Belo Horizonte, utilizando alvarás de soltura gerados de forma fraudulenta. Um dos indivíduos foi recapturado na noite de domingo (21), mas os outros três, identificados como Ricardo Lopes de Araújo, Wanderson Henrique Lucena Salomão e Nikolas Henrique de Paiva Silva, continuam foragidos. A situação levanta questões sobre a segurança dos sistemas judiciais responsáveis por tais liberações.

As autoridades, incluindo o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, informaram que a fraude foi perpetrada com acesso ilícito ao sistema do Conselho Nacional de Justiça. Embora os alvarás de soltura fossem considerados verdadeiros, foram expedidos sem a autorização adequada dos juízes. O CNJ afirmou que os documentos fraudulentos foram cancelados rapidamente após a detecção da invasão, e novos mandados de prisão foram emitidos para garantir a recaptura dos foragidos.

Como resposta ao incidente, o governo de Minas Gerais implementou um atraso de 12 horas na liberação de futuros alvarás de soltura, permitindo uma revalidação dos documentos antes que detentos sejam libertados. Esta medida visa proteger o sistema judiciário e evitar que novos casos de liberação indevida ocorram. A situação continua a ser investigada, com a expectativa de que novas informações sejam divulgadas nas próximas semanas.

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