Ameaças à independência do Federal Reserve preocupam economistas

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, está sob pressão em relação à sua independência, especialmente após a recente redução das taxas de juros. A situação se agrava com a iminente escolha de um novo presidente para a instituição, em meio a constantes críticas do governo Trump. Esta não é a primeira vez que a autonomia do Fed é questionada, refletindo uma luta histórica por sua independência em relação ao Tesouro e à Casa Branca.

Historicamente, a independência do Fed foi conquistada em 1951 após um conturbado período em que atuou como apêndice do governo. Naquele ano, um acordo conhecido como Acordo Tesouro–Fed permitiu que o banco central operasse sem a pressão direta do Executivo, um marco fundamental para a política monetária americana. No entanto, a atual administração parece desconsiderar essa tradição, levantando preocupações sobre a influência política nas decisões do Fed e suas implicações para a economia dos EUA.

As implicações dessa pressão são significativas, afetando não apenas a política monetária, mas também o custo de vida e a estabilidade do dólar. Com a inflação em alta, a capacidade do Fed de agir de maneira independente é crucial para conter os preços e garantir a continuidade da política econômica. O desenrolar dessa situação poderá redefinir a relação entre o Fed e o governo, com possíveis repercussões para investidores e cidadãos em 2026.

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