A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofrerá um corte de R$ 488 milhões, equivalente a 7,05% nos recursos discricionários. Esta redução, aprovada pelo Congresso, agrava a já crítica situação financeira das instituições de ensino. O orçamento discricionário é vital para custear despesas operacionais, como contas de água e luz, além do suporte a bolsas de assistência estudantil.
A Andifes destacou que os cortes impactarão desigualmente diversas universidades e afetarão todas as ações essenciais ao funcionamento do sistema de ensino superior federal. Um dos setores mais prejudicados será a assistência estudantil, que já recebeu um corte de R$ 100 milhões, comprometendo a permanência de alunos de baixa renda nas universidades. A entidade expressou sua preocupação com o futuro das atividades acadêmicas e a sustentabilidade das instituições diante destes cortes.
Diante da situação, a Andifes busca diálogo com o Congresso e o Governo Federal para tentar recompor o orçamento. A luta por mais recursos é um desafio antigo, intensificado por restrições financeiras anteriores, especialmente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora as universidades tenham buscado medidas de economia, como cortes em gastos diversos, a necessidade de uma solução definitiva é urgente para garantir a continuidade do desenvolvimento acadêmico e científico no país.

