Agressões a jornalistas nos EUA crescem durante governo Trump

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

Um levantamento divulgado pela Freedom of the Press Foundation aponta que, até 15 de dezembro de 2025, o número de agressões contra jornalistas nos Estados Unidos já soma 170, aproximando-se do total de 175 registrado nos três anos anteriores. Este aumento é amplamente atribuído ao clima de protestos civis e à retórica hostil promovida pelo governo de Donald Trump, que frequentemente deslegitima a imprensa. Profissionais de jornalismo enfrentam riscos elevados, especialmente durante manifestações, onde são alvo de ataques por parte das autoridades.

A polarização política nos Estados Unidos tem exacerbado a situação, tornando a violência contra jornalistas mais justificada em discursos públicos. Segundo especialistas, a retórica de Trump, que classifica jornalistas como ‘inimigos do povo’, alimenta um ambiente em que a hostilidade se torna norma. O professor Lars Willnat destaca que essa hostilidade pode levar à desumanização dos jornalistas, que deixam de ser vistos como observadores neutros e passam a ser considerados combatentes políticos.

Com a crescente violência durante protestos, muitos jornalistas, como um fotógrafo que sofreu ferimentos graves em uma manifestação na Califórnia, estão processando as autoridades por agressões. Organizações de mídia e defensores da liberdade de expressão também estão tomando medidas legais para proteger os direitos dos profissionais. O contexto atual levanta preocupações significativas sobre a segurança da imprensa e a liberdade de expressão nos Estados Unidos, elementos fundamentais da democracia.

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