Bancos centrais realizam maior afrouxamento monetário em mais de uma década

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

Em 2025, nove dos principais bancos centrais do mundo, incluindo o Federal Reserve e o Banco Central Europeu, realizaram cortes nas taxas de juros em um ritmo acelerado, representando o maior movimento de afrouxamento monetário desde 2008. Este movimento resulta em 850 pontos-base de reduções ao longo do ano, refletindo uma reversão significativa das políticas de aumento de juros adotadas em 2022 e 2023, quando a inflação disparou devido à crise energética global.

Os dados mostram que, ao todo, foram 32 cortes nas taxas de juros, com economias emergentes também intensificando seu afrouxamento monetário. Analistas preveem que 2026 poderá trazer um retorno ao aumento das taxas, especialmente nos bancos centrais do G10, como os do Canadá e da Austrália, que já sinalizam essa possibilidade. O Japão, por outro lado, contraria a tendência ao aumentar suas taxas de referência.

Enquanto a inflação permanece sob controle, os mercados emergentes enfrentam uma expectativa de cortes adicionais, com muitos economistas acreditando que diversas economias, incluindo o Brasil, podem iniciar seus próprios ciclos de afrouxamento. A desaceleração do ímpeto de cortes nos países desenvolvidos e a expectativa de mudanças nas políticas monetárias nos próximos anos indicam um cenário complexo para a economia global.

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