Grupo Wagner fortalece controle do governo na República Centro-Africana

Sofia Castro
Tempo: 2 min.

Após anos de pressão de grupos armados, o governo da República Centro-Africana (RCA) reassumiu o controle de praticamente todo o território do país, com a significativa ajuda do grupo paramilitar russo Wagner. Este apoio é materializado na capital Bangui por um mural que retrata o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo Faustin-Archange Touadera, simbolizando a aliança entre as partes. O Wagner, que atua na RCA desde 2018, é remunerado com concessões de exploração de ouro e diamantes, o que reforça sua influência no país.

A presença do Wagner na RCA tem sido controversa, com defensores destacando sua contribuição para a segurança, enquanto críticos alertam sobre possíveis crimes de guerra. Analistas apontam que, apesar de uma melhora na segurança, a relação entre o governo e o grupo russo é complexa, pois Touadera se recusa a ceder ao novo grupo militar russo, o Africa Corps. Com eleições presidenciais se aproximando, a estabilidade proporcionada pelo Wagner se torna ainda mais crucial para o governo, que enfrenta desafios internos e externos.

As implicações da presença do Wagner na RCA são significativas, uma vez que sua saída poderia desestabilizar o governo de Touadera, cuja popularidade é sustentada por essa aliança. A continuidade das operações do Wagner é vista como vital para a segurança e a economia do país, que é rico em recursos naturais. Especialistas acreditam que a estrutura estabelecida pelo Wagner deve ser mantida, dado seu papel central na estabilidade da RCA, especialmente em um contexto onde há receios sobre a eficácia de novos grupos militares.

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