As eleições de 2026 já despertam a atenção do mercado financeiro, que vê a disputa presidencial e a composição do Congresso como fatores centrais para a governabilidade. Em entrevista ao Mercado Especial, o economista Alex André afirmou que, apesar da segurança pública ser a principal preocupação dos eleitores, a agenda econômica será fundamental para definir as expectativas de investimento e crescimento nos próximos anos.
Alex André destacou que o debate eleitoral se divide entre dois modelos opostos: um que defende um Estado mais presente, com altos gastos sociais e estatais, e outro que propõe uma agenda reformista focada na redução da máquina pública e na disciplina fiscal. Segundo ele, a incerteza sobre o compromisso do governo com o ajuste fiscal já é precificada pelo mercado, resultando em juros elevados e limitando a expansão econômica.
As escolhas feitas nas eleições de 2026 poderão ter consequências profundas para a trajetória econômica do Brasil. Um compromisso claro com a austeridade fiscal pode restaurar a confiança dos investidores, enquanto a falta de um plano definido pode manter a economia em um ciclo de incertezas, afetando o crescimento e as taxas de juros por um período prolongado.