Dezoito militares que estavam retidos em uma área controlada pela guerrilha do ELN, na Colômbia, foram libertados na noite de segunda-feira, conforme anunciou a Defensoria do Povo. Os soldados haviam sido sequestrados por quase 200 moradores no departamento de Chocó, enquanto realizavam uma operação contra o grupo rebelde. O sequestro ocorreu em um contexto de intensificação dos conflitos entre o governo e a guerrilha, que desafia a administração do presidente Gustavo Petro.
A entrega dos militares foi feita a uma comissão humanitária que incluía representantes da Igreja Católica e funcionários da Defensoria. As autoridades locais afirmam que as detenções de militares e policiais são frequentes em áreas com significativa presença de grupos armados e mínima atuação estatal. O envolvimento de moradores, muitas vezes forçados ou manipulados por organizações ilegais, ressalta a complexidade da situação de segurança na região.
A Colômbia enfrenta sua pior crise de segurança em uma década, com um aumento de ataques e sequestros. Nos últimos dias, o ELN realizou ações que resultaram na morte de nove pessoas, incluindo policiais e militares. Embora o presidente Petro tenha tentado estabelecer diálogos de paz, a maioria dos processos de negociação está estagnada, e a oposição critica o fortalecimento das organizações armadas, evidenciado pelo aumento da violência e deslocamentos forçados na região fronteiriça com a Venezuela.