A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada em 22 de novembro de 2025, altera profundamente o cenário político brasileiro para as eleições de 2026. Especialistas afirmam que essa situação acelera a busca por alianças e reconfigura o campo conservador, com Flávio Bolsonaro, seu filho, liderando a continuidade da base bolsonarista, enquanto a centro-direita tenta se distanciar em busca de um candidato mais moderado.
A análise do cientista político Roberto Goulart indica que o sobrenome Bolsonaro ainda possui forte influência no eleitorado. Flávio Bolsonaro emerge como pré-candidato, mostrando um potencial de voto considerável, embora enfrente rejeição. Por outro lado, partidos moderados buscam um candidato que possa atrair investidores e evitar instabilidades econômicas, intensificando a bifurcação dentro da direita brasileira.
As implicações dessa divisão são significativas. A prisão de Jair Bolsonaro questiona a narrativa da direita sobre o combate à corrupção e pode enfraquecer a mobilização de sua base. Com as próximas pesquisas eleitorais previstas para março e abril, o futuro de Flávio e a possibilidade de novos postulantes no campo conservador permanecem incertos, prometendo um 2026 repleto de nuances políticas.

