A Câmara dos Deputados anunciou o cancelamento dos passaportes diplomáticos dos ex-deputados Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem na última sexta-feira, 19 de dezembro de 2025. Essa decisão foi tomada após a Mesa Diretora declarar a cassação dos mandatos dos dois parlamentares, que foram considerados inelegíveis devido a suas condutas. Com a perda do mandato, ambos também deixam de contar com benefícios como imóvel funcional e verba de gabinete.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi cassado por não comparecer a um terço das sessões deliberativas, tendo registrado 56 ausências em 71 reuniões neste ano, o que representa 79% das sessões. Alexandre Ramagem, por sua vez, teve seu mandato cancelado devido a uma condenação na trama golpista ligada ao governo anterior. Ele cumpre pena de 16 anos e se encontra foragido nos Estados Unidos, onde é alvo de um pedido de extradição para o Brasil.
As consequências dessa decisão vão além da perda dos passaportes, afetando diretamente a imagem pública dos ex-parlamentares e suas possibilidades futuras na política. A situação de Ramagem, especialmente, levanta questões sobre a colaboração internacional em casos de extradição e a legislação brasileira em relação a crimes cometidos por figuras públicas. A cassação dos mandatos e o cancelamento dos passaportes marcam um novo capítulo na política brasileira, refletindo as tensões e a transformação do cenário político atual.