O líder do partido de extrema-direita Chega, de Portugal, André Ventura, recebeu uma ordem judicial para remover cartazes de sua campanha que atacavam a comunidade cigana. Um tribunal em Lisboa classificou os materiais como discriminatórios e capazes de incitar o ódio, dando um prazo de 24 horas para a retirada, sob pena de multa diária de 2.500 euros por cartaz.
A juíza Ana Barão destacou que os cartazes agravam o estigma enfrentado pelas comunidades ciganas, promovendo a intolerância e a discriminação. Ventura, que já enfrenta investigações sobre comentários discriminatórios, alegou que a decisão é um ataque à sua liberdade de expressão, mas se comprometeu a acatar o veredito judicial. O Chega, partido que tem ganhado força no cenário político, posiciona-se contra a imigração e a favor de políticas de direita.
A decisão judicial pode ter implicações significativas nas próximas eleições presidenciais, agendadas para janeiro de 2026, onde Ventura está entre os principais candidatos. Enquanto ele promete combater a corrupção, pesquisas indicam que poderia enfrentar dificuldades em um eventual segundo turno. A ação também é considerada uma vitória das associações ciganas que lutam contra o preconceito e a discriminação em Portugal.

