O líder do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, foi compelido por um tribunal de Lisboa a remover cartazes de campanha considerados discriminatórios contra a comunidade cigana. A juíza Ana Barão argumentou que os materiais publicitários incitavam o ódio e promoviam a intolerância, dando a Ventura um prazo de 24 horas para cumprir a ordem sob pena de multa. O tribunal ressaltou que esses cartazes contribuíam para o estigma enfrentado pelos ciganos na sociedade portuguesa.
A decisão judicial ocorreu em um contexto de crescente tensão política e social em Portugal, onde o Chega, partido que se opõe à imigração e ao establishment, se destacou nas recentes eleições. Ventura, que se posiciona como defensor da liberdade de expressão, se manifestou contrário à decisão do tribunal, mas anunciou que acataria a ordem. A decisão foi saudada por representantes de associações ciganas, que a consideraram uma vitória na luta contra a discriminação e a intolerância.
O desdobramento deste caso pode influenciar a campanha presidencial de Ventura, que está em ascensão nas pesquisas, embora enfrente a possibilidade de derrotas em um eventual segundo turno. A situação também levanta questões sobre a liberdade de expressão versus a proteção de grupos minoritários, refletindo um debate mais amplo sobre a política e a sociedade em Portugal. As próximas semanas serão cruciais para acompanhar as reações do público e as implicações legais para Ventura e seu partido.

