Gleisi Hoffmann atribui aumento da dívida pública à Selic elevada

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

Nesta segunda-feira (22), a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, responsabilizou a taxa Selic pelo crescimento da dívida pública do Brasil, que atualmente está fixada em 15% ao ano, o maior nível desde 2006. Em suas declarações, a ministra enfatizou que os altos juros “sugam” os recursos disponíveis, impactando negativamente a prestação de serviços públicos e os programas sociais do governo.

A crítica de Hoffmann ocorreu em meio à recente aprovação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei Orçamentária de 2026, que prevê um total de R$ 6,5 trilhões em despesas, dos quais R$ 1,82 trilhão será destinado ao pagamento de juros da dívida pública. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% ao ano pela quarta vez, destacando a incerteza econômica e a necessidade de cautela na política monetária.

Além disso, o boletim Focus do Banco Central atualizou as previsões econômicas, indicando que a taxa Selic pode cair para 12,25% até o final de 2026. Apesar da redução nas expectativas de inflação, a Selic permanece alta, o que levanta preocupações sobre a capacidade do governo de realizar investimentos e atender às demandas sociais. As declarações e decisões atuais podem moldar o futuro econômico do país, especialmente em um cenário de incertezas.

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