No dia 22 de dezembro de 2025, o dólar comercial encerrou a jornada cotado a R$ 5,584, marcando uma alta de 0,99%. Esse movimento ocorre em um contexto de crescente envio de lucros e dividendos por empresas para o exterior, em antecipação à nova taxação de 10% que começará em janeiro de 2026. A bolsa de valores também sentiu os efeitos, com o índice B3 apresentando uma leve queda de 0,21%.
O aumento nas remessas de capital ao exterior está associado à aprovação do Orçamento de 2026 pelo Congresso e a uma arrecadação recorde de R$ 226,75 bilhões em novembro. Apesar desse cenário positivo, a pressão sobre o câmbio se intensifica, dado que as empresas buscam se beneficiar da isenção atual antes que a nova legislação entre em vigor. A moeda estadunidense atinge o maior valor desde julho, refletindo uma alta de 4,67% em dezembro.
Além disso, a incerteza em relação à política monetária do Banco Central, que ainda não sinalizou quando irá reduzir a Taxa Selic, provoca volatilidade no mercado. O aumento das taxas de juros futuros tem levado investidores a reconsiderar suas posições, migrando de ações para renda fixa. Essa mudança de comportamento pode impactar o fluxo de investimentos e a dinâmica do mercado financeiro nos próximos meses.

