Ouro e prata atingem patamares recordes nesta semana, impulsionados por tensões geopolíticas e a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos. O ouro ultrapassou 4.400 dólares por onça e a prata se aproximou de 70 dólares, representando o melhor desempenho anual desde 1979, em um cenário global de instabilidade política e endividamento elevado.
Esse aumento é impulsionado pela expectativa de que o Federal Reserve realizará cortes de juros em 2026, após dados de inflação e emprego abaixo do esperado. Juros menores tornam os metais preciosos mais atraentes, já que não oferecem rendimento, reduzindo o custo de oportunidade para investidores. Além disso, a crescente incerteza geopolítica, incluindo a política americana em relação à Venezuela e a guerra na Ucrânia, tem ampliado a percepção de risco no mercado.
Analistas projetam que o ciclo de valorização dos metais continuará em 2026, embora com maior volatilidade. O Goldman Sachs prevê que o ouro pode alcançar até 4.900 dólares por onça, devido à competição entre bancos centrais e investidores por uma oferta limitada. No entanto, correções pontuais são possíveis, especialmente se as tensões geopolíticas diminuírem ou o Federal Reserve alterar sua postura.