Grandes empresas brasileiras, como a Embraer e a JBS, ganharam destaque nas relações internacionais durante o primeiro ano do terceiro mandato de Donald Trump, especialmente frente ao aumento de tarifas sobre produtos nacionais. Em julho, foi anunciada uma tarifa de 40% sobre produtos brasileiros, levando as companhias a buscar diálogo com o governo americano e com seus clientes para mitigar os impactos negativos. As conversas foram fundamentais para que alguns produtos, como aviões e carnes, fossem poupados das alíquotas mais severas.
Além das negociações realizadas por empresas, o Brasil, como grande exportador de itens essenciais, como suco de laranja e café, também encontrou formas de se adaptar às novas condições comerciais. O CEO da Embraer, por exemplo, se reuniu com autoridades americanas para discutir as tarifas, antes mesmo de o governo brasileiro estabelecer contato oficial. A reaproximação entre os líderes dos dois países, especialmente após um encontro entre Lula e Trump na Assembleia Geral da ONU, sinaliza um potencial melhoramento nas relações bilaterais.
Entretanto, a situação ainda é delicada, com cerca de 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos sujeitas a tarifas adicionais. A expectativa é que futuras negociações abordem temas como segurança nacional e regulamentação de setores estratégicos, que podem impactar a competitividade dos produtos brasileiros. A evolução desse cenário dependerá da capacidade dos dois países em encontrar um terreno comum e resolver os conflitos comerciais de maneira eficaz.

