Ceará flexibiliza teto de gastos para segurança e gera críticas a contratos altos

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 2 min.

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou uma emenda constitucional que retira os gastos com segurança pública do teto de gastos, permitindo a execução de contratos que podem gerar despesas elevadas. Essa decisão abriu caminho para acordos com a empresa IPQ, responsável pelo videomonitoramento no estado. Críticos apontam que o custo por câmera pode ser até dez vezes maior do que o programa Smart Sampa, implementado na cidade de São Paulo.

O contrato em vigor estabelece a instalação de 513 pontos de monitoramento, resultando em um custo mensal de cerca de 2,6 milhões de reais, ou aproximadamente 5.155 reais por câmera. Quando projetado para as 2.850 câmeras que o governo alega já ter, o custo total pode chegar a 14,7 milhões de reais por mês. Essa situação levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira e a eficiência dos gastos públicos no estado.

Com a soma de contratos e aditivos firmados nos últimos quatro anos, as despesas relacionadas a segurança pública no Ceará já alcançaram a marca de 1,5 bilhão de reais. Essa flexibilização do teto de gastos, embora vise melhorar a segurança, gera um debate intenso sobre a necessidade de transparência e controle sobre os recursos públicos. O futuro dos investimentos em segurança no Ceará dependerá da capacidade do governo em justificar esses altos custos à população.

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