A economia global enfrenta desaceleração em 2025, conforme revelam indicadores de atividade. Nos Estados Unidos, a perda de fôlego é evidente, com o índice composto de gerentes de compras recuando para 53,0 em dezembro, o menor patamar em seis meses. Essa situação é atribuída ao aumento das tarifas comerciais e à incerteza nas relações entre potências, refletindo uma pressão crescente sobre custos.
Além dos Estados Unidos, a desaceleração também é observada na zona do euro, Japão, Austrália e Índia. Na zona do euro, o índice composto caiu de 52,8 para 51,9 em dezembro, enquanto a Alemanha registrou queda na atividade manufatureira. A consultoria S&P Global indica que o impacto das tarifas, inicialmente concentrado na indústria, começa a afetar os serviços, complicando o cenário inflacionário.
As perspectivas para 2026 são incertas, com economistas destacando a fragilidade do crescimento e a necessidade de cautela na política monetária. A combinação de tarifas elevadas e demanda fraca pode resultar em um ciclo de expansão morna, afetando permanentemente o emprego e a renda. Organismos multilaterais, no entanto, ainda veem sinais de resiliência em algumas regiões, mas a desigualdade no crescimento é uma preocupação constante.

