Na segunda-feira (22), equipes israelenses realizaram a demolição de um prédio de quatro andares no bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental, resultando em dezenas de palestinos desabrigados. Segundo ativistas, essa ação representa a maior demolição na área neste ano e é um reflexo de uma política sistemática de deslocamento forçado dos moradores palestinos. O edifício, que abrigava quase 100 pessoas, foi destruído sob a justificativa de falta de licença de construção.
O governo de Jerusalém, que depende da Autoridade Palestina, afirmou que a demolição é necessária devido à ilegalidade da estrutura. No entanto, moradores e ativistas denunciam que os palestinos enfrentam dificuldades extremas para obter licenças de construção, o que acentua as tensões na região. Eid Shawar, um dos moradores afetados, descreveu a demolição como uma tragédia e relatou a situação angustiante de sua família após a remoção forçada de suas posses.
Essa demolição não é um caso isolado, mas parte de um padrão que tem elevado as tensões em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. As políticas de construção restritivas de Israel têm gerado críticas internacionais e ressaltam a fragilidade da situação habitacional para os palestinos na área. O futuro dos moradores deslocados permanece incerto, enquanto a comunidade local tenta lidar com as consequências desse ato drástico.

