O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Brasil avançou 0,4 ponto em dezembro, alcançando 90,2 pontos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Este é o quarto aumento consecutivo do índice, o que representa o maior nível desde dezembro de 2024, indicando uma recuperação nas expectativas dos consumidores após um período de incertezas.
Embora o ICC tenha mostrado uma tendência de alta, os indicadores de situação atual apresentaram queda. O Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,4 ponto, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 1,4 ponto, refletindo um otimismo crescente em relação ao futuro, especialmente entre os consumidores de menor renda. A analista do Ibre/FGV destaca que as expectativas positivas foram alimentadas por um mercado de trabalho aquecido, embora o alto nível de endividamento continue a impactar a situação financeira das famílias.
O aumento na confiança, no entanto, não é homogêneo entre as diferentes faixas de renda. Os consumidores com renda mensal até R$ 2.100 apresentaram um aumento significativo de 4,2 pontos, enquanto aqueles com rendas mais altas mostraram quedas em seus índices. Essa disparidade na confiança pode indicar um cenário econômico desafiador, onde as famílias enfrentam restrições financeiras, mesmo com algumas expectativas de melhora econômica no curto prazo.

