A estrutura global de controle de armas nucleares se depara com novos obstáculos em 2026, o que pode fragilizar ainda mais as garantias contra uma crise nuclear. Dois eventos significativos estão programados: a expiração do Tratado Novo START, que regula armamentos entre Estados Unidos e Rússia, em 5 de fevereiro, e a Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a ser realizada em abril em Nova York, que busca manter o TNP em vigor.
A Conferência, que ocorre a cada quatro ou cinco anos, enfrenta perspectivas sombrias, uma vez que as últimas edições falharam em produzir um documento final consensual. Especialistas, como Alexandra Bell e Anton Khlopkov, expressam preocupações sobre a deterioração da arquitetura de controle de armas e a possibilidade de um desmantelamento total. O cenário se complica com o crescente poder militar da China e as inovações tecnológicas que transformam a dissuasão nuclear tradicional em uma questão multidimensional.
Embora a expiração do Novo START possa beneficiar determinados interesses estratégicos dos EUA, a ausência de um acordo não deve gerar consequências imediatas para o TNP, segundo analistas. No entanto, a falta de barreiras de segurança pode aumentar o risco de tensões não resolvidas. O futuro do controle de armas nucleares permanece incerto, demandando soluções coletivas e um diálogo robusto entre as potências nucleares.

