Quebra de patente das canetas emagrecedoras pode agitar ações da B3

Patricia Nascimento
Tempo: 1 min.

O recente desfecho no Tribunal de Justiça, que negou a extensão da patente da semaglutida, ativa dos medicamentos Ozempic e Wegovy, promete gerar um impacto significativo no mercado farmacêutico brasileiro. Essa decisão, divulgada em 17 de dezembro de 2025, abre caminho para a concorrência no setor, especialmente com a expiração da patente prevista para março de 2026.

Com a expectativa de redução de preços em até 70% até 2027, a análise do Morgan Stanley indica que a quebra da patente pode permitir que os GLP-1, categoria dos medicamentos mencionados, representem cerca de 10% do varejo farmacêutico no Brasil. Isso poderia ampliar o acesso a milhões de brasileiros atualmente excluídos, com o número de usuários estimado para saltar de 1,8 milhão para 7,6 milhões até 2030.

As implicações dessa mudança não se restringem apenas ao setor farmacêutico. O aumento da acessibilidade aos medicamentos pode afetar diversos segmentos do mercado, desde alimentação até vestuário, remodelando hábitos de consumo. A expectativa é que grandes redes farmacêuticas aproveitem essa oportunidade para expandir sua participação no mercado, enquanto o setor de fast food e outros serviços poderão enfrentar desafios devido à redução do gasto dos consumidores.

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