Centenas de ex-soldados colombianos foram atraídos para a guerra civil no Sudão, prometidos com salários que chegam a US$ 4.000 mensais. Desde meados de 2024, esses mercenários têm se juntado às Forças de Apoio Rápido, um grupo paramilitar acusado de genocídio, em um cenário marcado por combates violentos e atrocidades. Infelizmente, muitos não retornaram, e os que sobreviveram estão agora envolvidos em crimes graves e enfrentam o luto de suas famílias.
A investigação revela que a maioria dos colombianos foi recrutada pela internet e enviada ao Sudão via Emirados Árabes. Sob a coordenação de ex-militares, estes mercenários receberam treinamento rápido antes de se engajar em combates em Darfur. As acusações contra a rede de recrutamento incluem a utilização de crianças para o combate, além de vínculos com grupos que operam em regiões como a Somália e a Líbia, revelando a complexidade do tráfico de pessoas e armamentos na região.
As implicações deste recrutamento vão além da questão humanitária, envolvendo também sanções por parte dos Estados Unidos a figuras-chave da operação. O governo colombiano, embora tenha aprovado uma lei para proibir o recrutamento de mercenários, enfrenta críticas sobre a eficácia dessa medida em um contexto onde muitos jovens ex-militares buscam oportunidades fora do país. O impacto da situação no Sudão, com suas repercussões políticas e sociais, continua a se desdobrar à medida que a comunidade internacional observa com preocupação o papel dos Emirados Árabes na guerra.

