A Argélia, único país árabe a conquistar um Oscar, planeja uma revitalização de sua indústria cinematográfica, focando na produção de um épico sobre um herói anticolonial. Este projeto é parte de um esforço mais amplo do governo, liderado pelo presidente Abdelmadjid Tebboune, para reestabelecer a Argélia no cenário global do cinema, com a criação de novos estúdios e incentivos para filmagens estrangeiras.
A proposta inclui a construção de uma “cidade do cinema” na capital, Argel, e um aumento significativo no número de produções anuais, passando de menos de dez para até trinta filmes. O governo também está buscando parcerias internacionais e pretende contar histórias que refletem a rica história e cultura do país, enquanto enfrenta a necessidade de diversificar a economia, que depende fortemente da energia.
Entretanto, a Argélia ainda lida com desafios econômicos e tensões diplomáticas, especialmente com a França e Marrocos. O sucesso dessa iniciativa pode não apenas revitalizar a indústria cultural local, mas também trazer novos fluxos de receita e melhorar a imagem internacional da Argélia, num momento em que o país busca se reposicionar no cenário global.

