No último domingo, 21 de dezembro, a guerrilha do ELN anunciou uma trégua unilateral na Colômbia, com o objetivo de respeitar as festividades de Natal e Ano Novo. A declaração foi feita por meio de um comunicado oficial do grupo, que se comprometeu a não realizar operações militares contra as forças estatais durante esse período. A trégua será válida de 24 de dezembro até 3 de janeiro de 2026.
A medida ocorre em um contexto tenso, após um recente ataque do ELN que resultou na morte de sete soldados e 30 feridos em uma base militar no norte da Colômbia. A direção do grupo rebelde orientou suas estruturas a não realizarem operações ofensivas durante a trégua, enfatizando que não é política do ELN afetar a população civil. Apesar disso, a defensora do povo local expressou alívio, mas também preocupação, destacando os impactos das ações do grupo sobre os civis.
Os diálogos de paz entre o governo do presidente Gustavo Petro e o ELN estão suspensos desde 2024, refletindo a complexidade da situação no país. Petro buscou negociar a paz como parte de uma política mais ampla de desmobilização de grupos armados, mas as tentativas enfrentaram dificuldades e a oposição critica o fortalecimento das organizações ilegais. A trégua pode abrir espaço para novas discussões, mas os desafios permanecem significativos.