A Associação de Imprensa Estrangeira em Jerusalém (FPA) comemorou, neste domingo (21), a decisão da Suprema Corte de Israel que estipulou o dia 4 de janeiro como prazo máximo para que as autoridades respondam ao pedido de entrada da imprensa em Gaza. Desde o início da guerra na região, em outubro de 2023, as autoridades israelenses restringiram severamente o acesso dos meios de comunicação estrangeiros, permitindo apenas a entrada de alguns repórteres sob a supervisão de tropas israelenses.
A FPA, que representa os jornalistas estrangeiros em Israel e nos territórios palestinos, apresentou um recurso à Suprema Corte solicitando acesso imediato à Faixa de Gaza. Em 23 de outubro, o tribunal decidiu conceder às autoridades israelenses um mês para apresentar um plano de acesso à imprensa, mas a demora levou a várias prorrogações até que, recentemente, foi fixada uma data final. A decisão foi recebida com satisfação pela FPA, que criticou as táticas de adiamento do governo israelense.
A associação reiterou seu apelo ao governo de Israel para garantir acesso livre e irrestrito à imprensa na região. A FPA espera que, caso o governo continue a obstruir a liberdade de imprensa, a Suprema Corte se posicione em defesa dessas liberdades fundamentais. A situação em Gaza permanece tensa, e a cobertura da mídia é vista como crucial para uma compreensão mais ampla dos eventos em curso.