Eduardo Bolsonaro, ex-deputado federal, anunciou que planeja solicitar um passaporte de ‘apátrida’ após ser cassado na última quinta-feira. Ele alega que uma ordem das embaixadas brasileiras poderia dificultar a emissão de um passaporte brasileiro, deixando-o sem nacionalidade reconhecida. A declaração foi feita durante uma entrevista ao canal SBT News, onde discutiu sua situação após a perda do mandato por falta em sessões deliberativas.
A apatridia, conforme explicação da Agência ONU para Refugiados (Acnur), refere-se a pessoas que não têm nacionalidade reconhecida por nenhum país. Essa condição pode surgir devido a discriminação, conflitos de leis entre países ou falhas na legislação nacional. Apesar da cassação, Eduardo Bolsonaro ainda mantém seus direitos políticos e poderia, futuramente, concorrer a eleições, desde que não enfrente outras condenações que o tornem inelegível.
Atualmente fora do Brasil, Eduardo Bolsonaro enfrenta investigações do Supremo Tribunal Federal sobre suas ações no exterior, incluindo tentativas de influenciar decisões judiciais. A busca por um passaporte de apátrida pode ser vista como uma estratégia para contornar as limitações impostas pela perda de sua nacionalidade brasileira. O desdobramento dessa situação pode ter implicações significativas para sua futura atuação política e suas relações com as instituições brasileiras.

