A guerra em curso no Sudão, que começou em abril de 2023, é classificada como a crise humanitária mais negligenciada de 2025, segundo uma pesquisa realizada por 22 organizações internacionais de ajuda humanitária. A atenção global à situação alarmante, marcada por combates violentos e graves violações de direitos humanos, permanece escassa. Estima-se que cerca de 14 milhões de pessoas estejam deslocadas no país ou tenham buscado refúgio em nações vizinhas.
A luta pelo controle entre as Forças Armadas Sudanesas (SAF) e a milícia Forças de Apoio Rápido (RSF) agravou uma crise já crítica, transformando o Sudão em um dos locais mais perigosos do mundo para civis. Com a escassez de alimentos e medicamentos, a situação humanitária se deteriora rapidamente, levando agências como o Programa Mundial de Alimentos a reduzir suas operações ao mínimo necessário. Especialistas alertam que a violência no Cordofão, região atualmente em conflito, está bloqueando o acesso a ajuda vital, exacerbando a insegurança alimentar que afeta quase metade da população sudanesa.
A falta de resposta adequada da comunidade internacional, somada ao fechamento de programas essenciais devido a cortes de financiamento, levanta preocupações sobre a escalada da crise. Organizações humanitárias, como a Save the Children e a Ação Contra a Fome, pedem ações imediatas e robustas para enfrentar as violações de direitos humanos e proteger os civis. Se a ajuda não for intensificada, milhões de sudaneses e seus vizinhos poderão enfrentar consequências ainda mais devastadoras.

