Na 67.ª Cúpula do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná, no dia 20 de dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apelou à União Europeia para que demonstre ‘coragem’ e finalize um acordo comercial que se arrasta por 26 anos. Em seu discurso, Lula ressaltou que, enquanto as negociações com países como Japão e Vietnã estão em andamento, a Europa ainda não tomou uma decisão clara sobre o tema.
O presidente brasileiro lamentou a falta de vontade política dos líderes europeus, que pediram mais tempo para deliberar. Lula enfatizou que sem essa determinação, as negociações continuarão sem progresso, o que é preocupante para os países do Mercosul, que buscam diversificar suas parcerias comerciais. A expectativa inicial era assinar o acordo durante a cúpula, mas a pressão do governo francês adiou essa possibilidade.
Além disso, Lula mencionou ter recebido uma carta de líderes da Comissão e do Conselho Europeu, expressando a expectativa de que o acordo seja aprovado em janeiro. Entretanto, o presidente da Argentina, Javier Milei, criticou a eficácia do Mercosul, afirmando que os objetivos centrais do bloco não foram alcançados, o que levanta questões sobre a viabilidade e o futuro das negociações comerciais na região.

